A Família Dos "L"

Era uma vez um menino chamado Luís que vivia numa pequena aldeia. Os pais dele eram a Luísa e o Leonardo.

            Como já deves ter reparado, todos eles têm o nome começado por “L”, pois eles são a família dos “L”; mas não era só por terem o nome começado por “L” que se chamavam assim, era também porque sempre que eles desejavam uma coisa começada pela letra “L”, de repente aparecia-lhes à frente a coisa que eles pediam!

            Comiam sempre lasanha ao almoço e ao lanche bebiam leite. Ao jantar, comiam lulas guisadas.

            Não tinham cama, mas tinham uma loja que vendia camas e eles dormiam lá. Também tinham montes de livros, lanternas, lancheiras e muitas coisas mais começadas por “L”!

            Um dia o Luís levantou-se da cama, pois estava cheio de vontade de pedir qualquer coisa, mas reparou que já não tinha mais nada para desejar. Contou aos pais o que tinha acontecido e sugeriu-lhes que se mudassem de nome, teriam mais coisas para pedir. Os pais aceitaram e mudaram o nome para a letra “M”. O menino passou a chamar-se Marcelo, a mãe Maria e o pai tinha o nome de Marco! O pai gritou: “Quero uma mota!”, nada. Foi a vez da mãe: “Quero uma mala!”, nada. Finalmente o filho pediu: “Quero um mp4!”, nada. Não resultou, experimentaram com todas as letras do abecedário, mas o resultado foi o número zero. Voltaram a ter o mesmo nome. Depois de várias horas a pensar, lembraram-se que na aldeia vivia um sábio que sabia muitas coisas! Foram ter com ele e explicaram tudo. O sábio apenas disse:

            — É simples, sejam pessoas normais, comprem as coisas como toda a gente faz!

            O pai, já cheio de stress, disse:

            — Mas nós não temos dinheiro!

            — Ouvi dizer que vocês têm uma loja! – disse e riu o sábio, na onda da brincadeira.

            — Pois, pai. Podemos vender as coisas que temos na loja…

            Quando chegaram a casa puseram-se ao trabalho. Fizeram um papel que tinha escrito: “Aberto” de um lado e: “Fechado” do outro. Criaram anúncios e pronto, só era preciso aparecerem os clientes.

            Um ano depois, o sábio recebeu uma carta anónima a dizer! “Obrigado por tudo!”. Adivinhem quem foi!




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